Onde se encontra a análise fílmica hoje? O que é que a teoria de cinema anda a desenvolver na obscuridade? Este campo, tal como foi definido profissionalmente (pelo menos no mundo académico anglo-saxónico), encontra-se actualmente dividido entre historiadores interessados no contexto das grandes formações da modernidade e connoisseurs que reclamam o regresso estilístico de coisas antiquadas como a visão autoral, o tom ou a mise-en-scène. Mas há também outras correntes, vitais e inventivas – na crítica, na internet, em pequenas revistas, em conferências renegadas um pouco por todo o lado –, que não estamos a conseguir escutar em nenhum dos canais oficiais. Último Dia Todos os Dias, de Adrian Martin – nesta edição acompanhado do ensaio “Avatares do Encontro” –, lança uma luz sobre estas novas e excitantes avenidas.
Publicado originalmente como Last Day Every Day: Figural Thinking from Auerbach and Kracauer to Agamben and Brenez, em 2012, por Dead Letter Office, uma série da editora punctum books. Esta edição foi produzida conjuntamente por Centro de Estudos Comparatistas | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e punctum books, 2015.